Religião e salvação já não preocupam mais o mundo ocidental moderno. Agora, focamos no desenvolvimento pessoal e na “autorrealização”. Vemos essa ideia se desdobrar de mil maneiras. Mas o que significa? Uma coisa que a negligência da religião e da salvação significa está conectada ao mantra frequentemente repetido: “Você só vive uma vez.” Isso sugere que precisamos aproveitar ou nos realizar agora. A implicação é que devemos garantir que drenamos até a última gota de energia da vida e não perder nada do que ela tem a oferecer antes de partirmos. Por isso, ouvimos cada vez mais sobre listas de desejos. Tornou-se uma falha moral — se não um crime real — não ter marcado tudo em nossa “lista de desejos”. Então, mãos à obra! Além disso, a autorrealização envolve o aperfeiçoamento do “eu”, que é uma palavra que substituiu “alma”. Essas palavras são sinônimas em certos contextos, mas cada vez mais divergem em significado. A palavra antiquada “alma” refere-se ao lado imaterial, imortal de um ser humano que é infinitamente precioso, mas falho e precisa de salvação — seja através de Deus ou via, por exemplo, o Caminho Óctuplo do Budismo.

A transformação dos cargos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em mandatos temporários estarão na pauta do Poder Legislativo em 2024. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, já mencionou que pautará as propostas para votação ainda este ano. As mudanças são apoiadas por vários senadores. Os senadores Plínio Valério (PSDB-AM), Flávio Arns (PSB-PR) e Angelo Coronel (PSD-BA) têm propostas semelhantes que estão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ainda não tiveram a relatoria indicada. A real possibilidade de mandatos para ministros do STF começou a avançar no Congresso em outubro de 2023. Em 4 de outubro de 2023, o Senado aprovou a PEC que limita as decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Naquele mesmo dia, em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC 8/21), foi protocolada no Senado a PEC 51/2023 que restringe a 15 anos os mandatos dos ministros do STF. A proposta promove ainda modificações no processo de escolha dos membros dessa corte e dos demais tribunais superiores.

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Esta 93ª edição da Muralha traz 9 lançamentos, com nomes célebres como Octavio de Faria, Plínio Corrêa de Oliveira, Ricardo Vélez Rodríguez e Santo Afonso Maria de Ligório. Ainda, um interessante manual de leitura de Daniel Lopez, inspirado na clássica Jornada do Herói, de Campbell; o diário de um exorcista americano; mais dois lançamentos da notável editora Livros Vivos no mês da volta às aulas; e uma obra para os pequeninos, ilustrada pela talentosa Gisele Daminelli. Confira os lançamentos a seguir, e um excelente final de semana!

Destaques

O grande lançamento desta semana é da Sétimo Selo, Os loucos, romance de Octavio de Faria. Sexto volume da série Tragédia Burguesa, a história tem como foco o triângulo amoroso composto por Lisa Maria, Paulo Torres e o já conhecido “vilão” Pedro Borges. Apesar de tão diferentes entre si, cada um dos integrantes do trio carrega consigo as mesmas marcas de egoísmo, de inclinação pelas paixões mesquinhas, que define a maior parte dos personagens desse monumental panorama de costumes da burguesia carioca dos anos 30, pintado por Octavio de Faria. Confira a seguir um trecho da obra, uma das memoráveis digressões do narrador ocativano: “Nesse mundo de paixão, tudo é loucura. E não há porque se perder em distinções sutis entre loucura de espírito e loucura da carne, loucura da ambição de poder e loucura de sentimentos. O vento mau que sopra de repente arrasa tudo. E tudo se passa, então, como em um bailado de fúrias soltas pelo espaço. Para que classificar? Para que raciocinar tanto?”

O regime chinês tem “o sistema de censura mais elaborado e difundido do mundo”, regulando o que os seus cidadãos dizem em casa. Na última década, a censura de Pequim tornou-se cada vez mais global, representando um desafio significativo aos interesses americanos, de acordo com um novo relatório do Congresso. O Partido Comunista Chinês (PCCh) redobrou os seus esforços para reprimir a propagação de opiniões e narrativas que considera prejudiciais aos seus interesses em todo o mundo, de acordo com um relatório da Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China (USCC), divulgado em 20 de fevereiro. “Este empreendimento prosseguiu em múltiplas linhas de esforços, incluindo a punição de empresas privadas e indivíduos dos EUA que expressam posições que o PCCh considera questionáveis, restringindo o acesso dos EUA a dados econômicos e conduzindo campanhas de desinformação destinadas a semear a divisão na sociedade dos EUA”, afirmou o relatório.

Estes “Estados Unidos” deveriam ser federalistas, tendo os estados como motores principais, unidos sob um governo federal pequeno e fraco, limitado, por definição, aos seus poderes especificamente enumerados. Lembra-se disso? (Porque o governo federal não.) Considere o quão diferente essa nação pode ser. Um pequeno governo central, voltado principalmente para o exterior e focado em alguns assuntos como a defesa comum, fronteiras, etc. e depois os 50 estados, cada um como uma espécie de laboratório experimentando ideias em torno de comércio e regulamentação e serviços e impostos entre os quais cada um e todos os americanos seriam livres para escolher. Basta votar com os pés e mover-se. Os Estados poderiam tornar-se diferentes de uma forma que não podem suportar o jugo federal tão generalizado como o que permeia a nossa atual forma de governar. Eles poderiam atender a pessoas diferentes, negócios diferentes, ideais diferentes. Variariam MUITO mais do que hoje, onde tantas regulamentações, impostos e restrições são federais e onde o financiamento federal passou a dominar tantas atividades estaduais. Eles precisariam competir por você.

O Brasil contabilizou, na quarta-feira (21), 740.942 casos prováveis de dengue, além de confirmar 151 mortes decorrentes da doença, conforme dados disponíveis no Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. E não para por aí: a pasta está em processo de investigação para determinar se outros 501 óbitos podem ser atribuídos à dengue. A dúvida que paira é a seguinte: o que causa esse cenário desastroso? Segundo informações do Ministério da Saúde, a população feminina representa 55% dos casos prováveis, com a faixa etária mais impactada situada entre adultos de 30 a 39 anos. Em comparação, os homens nessa faixa etária totalizam 63.292 diagnósticos, enquanto as mulheres alcançam 76.370. O coeficiente de incidência da doença atinge 352 casos por 100 mil habitantes. Já em fevereiro deste ano, em Brasília, foi estabelecido o Centro de Operações de Emergência contra a Dengue, uma iniciativa que reúne representantes do governo federal, estadual e municipal. A finalidade desse centro é analisar dados em tempo real e planejar, de forma colaborativa, estratégias para combater a disseminação da doença.

A mobilização de moradores da Europa para ajudar famílias de presos do 8/1 que estão com contas bancárias e salários bloqueados por mais de um ano conseguiu apadrinhar 65 famílias. Os voluntários que aderiram à campanha são de diversos países como Alemanha, França, Suíça, Estados Unidos e Brasil, e enviam auxílio financeiro diretamente aos apadrinhados. “Às vezes nos sentimos esquecidos pelo nosso país, mas também somos patriotas, amamos o Brasil e estamos muito felizes em ajudar”, afirma a brasileira Samia Sittel-Faraj, que mora há 18 anos na Europa e tem lido relatos emocionantes dos seus seguidores nas páginas da Liga Conservadora Brasil-Alemanha. “Estamos construindo pontes humanitárias de apoio e solidariedade entre brasileiros dentro e fora do Brasil”, disse. Segundo ela, a organização da campanha ocorreu em parceria com três voluntários do Brasil e da França, onde o Mouvement Franco Brésillien (Movimento Franco-Brasileiro, em português) também se mobilizou para auxiliar as famílias. “E a ação alcançou pessoas de diversos lugares do mundo, que estenderam suas mãos aos patriotas”, comemorou.

Hoje marca o segundo e último dia no que poderia muito bem ser o último julgamento de extradição de Julian Assange perante o Supremo Tribunal britânico. Há quase cinco anos, o governo dos Estados Unidos trabalha para que o fundador do Wikileaks seja extraditado para os EUA para enfrentar acusações de que ele violou a Lei de Espionagem. Inspirado pelo lançamento dos Pentagon Papers por Daniel Ellsberg em 1971, Julian Assange fundou o Wikileaks em 2006. A visão de Assange era desenvolver um portal online onde os denunciantes pudessem apresentar evidências de irregularidades corporativas ou governamentais sem precisar se identificar ou se expor a riscos. Uma vez enviados, equipes de voluntários e jornalistas analisariam os documentos para determinar a legitimidade. E, se fosse determinado que é autêntico, publicaria o material diretamente na internet para que o público possa ver por si mesmo. Na última década e meia, o Wikileaks divulgou uma série de histórias importantes. Muitas das maiores vieram dos Registros de Guerra do Afeganistão e do Iraque, junto com o vazamento de Telegramas Diplomáticos, todos publicados em 2010. Os documentos vazados revelaram que não apenas o governo dos EUA cometeu inúmeros crimes de guerra no Iraque e no Afeganistão na primeira década da guerra ao terror, mas houve esforços oficiais para encobri-los.

Pelo menos dezesseis universidades estão a promover o livro “How to Blow Up A Pipeline”, que descreve aos leitores como cometer eco-terrorismo – muitas vezes tornando-o uma leitura obrigatória, descobriu uma investigação do Daily Wire. O livro foi publicado em 2021 pelo professor sueco Andreas Malm e apela ao terrorismo e à derrubada do capitalismo, reconhecendo que, como resultado, pessoas serão mortas. “Demole-os, queime-os, exploda-os. Deixe os capitalistas que continuam investindo no incêndio saberem que suas propriedades serão destruídas”, diz o livro. Agora, várias universidades financiadas pelo Estado tiveram aulas que eram nominalmente sobre temas não relacionados, e transformaram-nas em cursos que liam apenas quatro livros, incluindo o manifesto do gasoduto e um manifesto comunista. Na Universidade da Califórnia-Berkeley, por exemplo, os estudantes de Geografia e Biologia Interativa eram obrigados a ler o livro. Os instrutores Jake Kosek e Paul Fine pegaram o que era aparentemente um curso de biologia e o transformaram em um curso sobre “descolonização”.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso, definiu a retomada do julgamento da ação que versa sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal para março (6). O desfecho caloroso sobre a discussão estava suspenso desde agosto (24) de 2023, devido a um pedido de vista do ministro André Mendonça, que buscava mais tempo para análise. A ação em análise pela Corte questiona o artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006), que aborda o transporte e armazenamento para uso pessoal, estipulando penas brandas, como advertência sobre os efeitos, serviços comunitários e medidas educativas relacionadas ao consumo de drogas. O julgamento teve início em 2015, mas foi interrompido algumas vezes. Um exemplo foi o pedido de vista do então ministro Teori Zavascki. Ele faleceu em 2017 num acidente aéreo. Ao assumir a posição deixada por Zavascki, o ministro Alexandre de Moraes herdou o caso, liberando-o para votação em novembro de 2018. Atualmente, o relator do processo é Gilmar Mendes.

É possível falar verdades óbvias sem ser castigado? Depende inteiramente se essa verdade apoia a Narrativa™ ou a desafia. A ferramenta mais poderosa para impor a conformidade com a ideologia dominante da Elite é a exigência de que a linguagem que utilizamos seja escolhida e definida por essa Elite. Legalmente e com bom senso, todos sabem que os homens não pertencem aos esportes femininos e aos espaços femininos. Portanto, para aqueles que querem que isso aconteça, a resposta é redefinir a palavra “mulheres” para incluir todas as que desejam ser uma. Esvazie as palavras e acrescente o significado que desejar e você poderá criar a realidade que desejar. Isto está a acontecer em todo o lado, mas um bom exemplo foi fornecido recentemente pela BBC, que repreendeu um dos seus apresentadores por explicar uma questão controversa ao definir a palavra “mulher trans” como “homem”.

Portanto, a Câmara dos Comuns tem agora um deputado para Gaza. Seu nome é George Galloway. Ontem à noite, o descontente esquerdista que usa o fedora obteve uma vitória impressionante nas eleições suplementares em Rochdale. “Isto é por Gaza”, disse ele no seu discurso de vitória. Não para os pobres de Rochdale, então. Não para suas famílias em dificuldades. Não pelas raparigas da classe trabalhadora que sofreram tão terrivelmente às mãos das gangues paquistanas de aliciamento. Não, para um pequeno pedaço de terra a 4.000 quilômetros de distância. Raramente a tendência da esquerda britânica para abandonar a sua própria classe trabalhadora em favor de se aproximar de causas mais “glamorosas” no estrangeiro foi tão brutalmente ilustrada. A vitória de Galloway na sede da Grande Manchester foi decisiva. Representando o Partido dos Trabalhadores da Grã-Bretanha, ele obteve 39,7% dos votos. Ele destruiu tanto os Conservadores quanto os Trabalhistas, que ficaram em terceiro e quarto lugar, respectivamente.

Os republicanos poderiam ficar satisfeitos por ver os meios de comunicação de esquerda sublinharem como o presidente Joe Biden ficou envergonhado no Michigan por uma campanha rebelde para votar “descomprometido” nas primárias do Michigan, protestando contra o apoio de Biden a Israel na sua guerra contra os terroristas do Hamas. Mas não podemos ficar satisfeitos com a forma como estes ativistas são classificados. Pode-se dizer que um meio de comunicação social é de esquerda pela forma como resiste a descrever os aliados esquerdistas – mesmo os radicais na sua base – com um rótulo ideológico. Às vezes, você saberá que alguém é um socialista delirante quando é chamado de “liberal” ou “progressista”, como Bernie Sanders. Mas estes ativistas pró-Hamas nunca são apresentados como “extrema esquerda”, “extrema esquerda” ou “esquerda radical”. Em vez disso, o palavreado é incrivelmente vago. Tomemos como exemplo a apresentadora da CNN, Abby Phillip, em 26 de fevereiro: “Há uma campanha muito pública e de alto perfil para fazer com que os democratas de Michigan sigam em frente e votem sem compromisso nas primárias para enviar uma mensagem ao presidente Biden”.

Nem todos os ambientalistas são estúpidos e muitos estão tentando alcançar objetivos desejáveis. Não são deles que você ouve falar, e por um bom motivo. Seguir uma política razoável de forma racional e persuasiva não é particularmente interessante. O meu pai, por exemplo, tem estado profundamente envolvido nos esforços para encontrar um terreno comum entre os fazendeiros do Ocidente e os preservacionistas que tentam proteger cada centímetro quadrado de terra e mantê-la intocada – uma ideia obviamente estúpida. É uma missão tola porque quase todos os ativistas ambientais são loucos, mas admiro a sua persistência. E, como salientou, houve alguns compromissos bem-sucedidos ao longo dos anos. E aquece o meu coração vê-lo ficar frustrado com os esquerdistas radicais que estão totalmente despreocupados com a praticidade ou justiça dos seus objetivos. Para cada ambientalista existem mil loucos. Se você já usou um dispositivo médico injetável, está familiarizado com o funcionamento desses dispositivos descartáveis. Pessoas com diabetes usam injetores de insulina descartáveis, por exemplo, e eu tenho uma EpiPen por perto porque sou alérgico a abelhas. Também uso um medicamento injetável bimestral para controlar meu colesterol. Eu apenas tiro da geladeira, deixo aquecer até a temperatura ambiente e pressiono a caneta na perna ou na barriga.

A maioria absoluta republicana em ambas as casas da legislatura do Alabama aprovou por esmagadora maioria projetos de lei para fornecer imunidade legal à indústria de fertilização in vitro (FIV) do estado na quinta-feira. A legislação surgiu menos de duas semanas depois de o Supremo Tribunal do Alabama ter decidido que embriões congelados concebidos por fertilização in vitro são crianças com direitos humanos ao abrigo da lei estadual. Embora a decisão não proibisse explicitamente a fertilização in vitro no estado, os defensores da prática controversa alegaram que efetivamente o fez. Os relatórios indicam que várias instalações de fertilização in vitro no Alabama “pausaram” as operações após a decisão histórica. A Câmara do Alabama aprovou o HB 237 pró-FIV pela margem quase unânime de 96 a 4. Três membros se abstiveram de votar. A grande maioria dos republicanos da Câmara do estado votou a favor do projeto. A CNN indicou que um “projeto de lei complementar no Senado [do Alabama], SB 159, foi aprovado” por unanimidade, “com uma votação de 34-0”.

Com as vagas de demissões e o encerramento de meios de comunicação – apenas nos últimos meses – há um compreensível pânico em todo o panorama midiático. Estamos a assistir à imolação da indústria do jornalismo, outrora padrão, e isto revela que muitos se perguntam o que restará após uma transformação. Um dos refrões comuns que ouvimos relativamente a esta mudança tectónica é que há a criação de “desertos de notícias”. Isto refere-se à evaporação dos meios de comunicação locais e à preocupação de que esta ausência leve as autoridades e os políticos locais a correr descontroladamente. É claro que isto ignora que a Internet está fornecendo este tipo de cobertura localmente, mas por alguma razão, estes pontos de venda emergentes não contam. (Só no meu estado posso citar vários sites que cobrem a política estadual e local, fazendo exatamente o tipo de trabalho braçal que supostamente desapareceu). Na Axios, Sarah Fisher, no seu boletim informativo “Media Trends”, sugeriu que os jornais universitários estão “cada vez mais preenchendo o vazio das comunidades que perderam jornais locais”.

Os jornalistas têm o direito constitucional de manter as fontes confidenciais? Essa questão está no centro de uma disputa sobre uma reportagem da Fox News escrita por Catherine Herridge há sete anos. Herridge, que recentemente foi demitido sem cerimônia e estranhamente pela CBS News no downsizing da Paramount Minus, usou uma fonte confidencial dentro da aplicação da lei federal para publicar informações de uma investigação sobre um cientista sino-americano que acabou não levando a lugar nenhum. Yanping Chen quer recuperar danos e indenizações punitivas dos funcionários que vazaram a investigação para Herridge. Herridge se recusa a nomear sua(s) fonte(s), apesar de uma ordem judicial para fazê-lo. Na noite de ontem, o juiz federal que supervisionava o caso considerou Herridge por desacato e começou a multá-la em US$ 800 por dia, embora tenha suspendido a decisão para permitir que Herridge apelasse: “Herridge prestou depoimento no final de setembro, mas recusou-se a revelar como obteve as informações, citando seus direitos da Primeira Emenda e dizendo ao advogado de Chen: ‘Devo agora desobedecer à ordem’. ‘O Tribunal não chega a este resultado levianamente’, escreveu o juiz. ‘Reconhece a importância primordial de uma imprensa livre na nossa sociedade e o papel crítico que as fontes confidenciais desempenham no trabalho de jornalistas de investigação como Herridge. No entanto, o Tribunal também tem o seu próprio papel a desempenhar na defesa da lei e na salvaguarda da autoridade judicial…’”

Uma multidão de apoiadores de Alexei Navalny, que faleceu em 16 de fevereiro numa prisão na Sibéria, se reuniu na Rússia para prestar suas últimas homenagens ao principal opositor do presidente Vladimir Putin. A marcha fúnebre foi conduzida na igreja ortodoxa Ícone da Mãe de Deus, situada no distrito de Maryino, ao sul de Moscou, terminando com o sepultamento do corpo do ativista no cemitério Borisovski. Kyra Yarmysh, porta-voz de Navalny, compartilhou imagens da cerimônia em sua conta no X, destacando a presença de aproximadamente 400 mil pessoas no evento. Policiais russos monitoraram de perto a movimentação durante a cerimônia. O evento foi ordenado, enquanto a atmosfera ressoava a luta pela liberdade e democracia de Navalny. Ao longo do trajeto, tanto do lado de fora da igreja quanto no percurso até o cemitério, os participantes seguravam rosas e entoavam o sobrenome Navalny, acompanhado por mensagens como “não à guerra”, em referência ao conflito na Ucrânia, e “a Rússia será livre”. Yarmysh também revelou que a trilha sonora do funeral incluiu a música da cena final do filme O Exterminador do Futuro 2, uma escolha simbólica, pois Navalny considerava a obra como o melhor filme do mundo. O caixão do ativista foi baixado à sepultura ao som de My Way, de Frank Sinatra.

Durante uma conferência, o Papa Francisco expressou sua preocupação em relação à “ideologia de gênero”, tachando-a como uma ameaça para a humanidade, pois, segundo suas palavras, ela anula as diferenças entre homens e mulheres. O sucessor de São Pedro informou que encomendou estudos sobre o que classificou como uma “ideologia ruim”. Durante o encontro internacional intitulado Homem-Mulher, Imagem de Deus, promovido pelo Vaticano, foram abordados temas como antropologia cristã, pluralismo, diálogo entre culturas e o futuro do cristianismo. O evento chegou a reunir alguns estudiosos, filósofos, teólogos e pedagogos. O Papa Francisco, cujo discurso foi lido pelo colaborador Filippo Campanelli, abordou questões como amor, felicidade, vocação e a importância de “não sufocar a saudável tensão interior” que cada indivíduo carrega consigo. Essa posição do Papa contradiz acusações de ser a favor da ideologia de gênero. A controversa começou depois da publicação do documento Fiducia Supplicans, sobre simples bênçãos individuais para pessoas em uniões do mesmo sexo – não uma benção para a união em si. A postura recente evidencia a atenção da Igreja Católica em relação às discussões contemporâneas sobre gênero, sempre destacando a importância de preservar as diferenças entre homens e mulheres, em consonância com a antropologia natural.