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Por : Bassam Tawil em Gatestone Institute
1) Como a UNRWA Prepara os Terroristas
Categoria : Segurança e Defesa
No início, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) era uma pequena agência cujo mandato era prover ajuda humanitária básica aos palestinos, incluindo a votação para a renovação a cada três anos. Após setenta e três anos e quatro gerações, com mais de 30 mil funcionários, um orçamento anual de mais de um bilhão de dólares, por incrível que pareça, ela virou uma das maiores agências da ONU. Na Faixa de Gaza governada pelo Hamas, a UNRWA funciona, há muito tempo, como governo de fato. Ao dispor de inúmeros serviços aos moradores da Faixa de Gaza, a UNRWA dispensou o Hamas das suas responsabilidades de órgão governamental, como a criação de uma economia funcional que pagaria a educação e a saúde pública, possibilitando, ao contrário do esperado, investir os recursos na construção de túneis e fabricação de armas. Se a UNRWA não existisse, o Hamas teria sido forçado a preencher o vazio e, por exemplo, construir hospitais e escolas e encontrar soluções para os problemas econômicos, incluindo o desemprego e a miséria.
Por : Plinio Corrêa de Oliveira em PHVox
2) O Sacrifício indispensável
Categoria : Artigos
Publicado originalmente em O Legionário, 9 de junho de 1935, n. 173
Não é a qualquer pessoa que é dado exercer o duro ofício de pescador de pérolas. As compleições fortes são capazes de resistir à pressão da água e às agressões dos polvos, para descer até o fundo do Oceano e colher lá a pérola alvíssima que procuram. Mas os organismos débeis se sentem asfixiados desde que se aprofundem um pouco nas águas verdes do Oceano, e são forçados a retroceder com as mãos vazias, para respirar a brisa amena e retornar à pressão fraca longe das quais são incapazes de viver. É o que se dá também no mundo do espírito. Há certas almas capazes de descer à profundeza das mais sérias cogitações onde vão buscar a pérola inestimável da verdade. Outras, porém, se sentem asfixiadas desde que as ideias se tornam um pouco mais densas, e retrocedem imediatamente, de mãos vazias, àquela banalidade estéril que é o único ambiente que conseguem suportar.
Por : Percival Puggina em Puggina.org
3) A Constituição de nariz quebrado
Categoria : Política
“Crês que a oposição vai derrotar a esquerda com discurso sobre ética? Com teses sobre o Brasil? Com visão de história? Com críticas construtivas? Papo furado, cara!”. Meu amigo continuou a descrever suas observações: “O PT começa a trabalhar o eleitor desde que ele entra na estufa da maternidade. Lá já tem uma atendente criticando “o sistema”. Essa conversa aconteceu em algum momento do final do governo Dilma I e, no fundo, as coisas ainda estão muito parecidas com isso. A apropriação das mentes começa cedo e passa pelas experiências coletivistas do maternal. Engrossa nos cursos fundamental e médio quando o sistema cai nas mãos dos pedagogos marxistas, dos discípulos de Paulo Freire, do politicamente correto e dos “coletivos” étnicos ou identitários. Vai promovendo a relativização da verdade e do bem, a tolerância com tudo que está errado e a intolerância para com quem se atreve a apontar quaisquer erros na ortodoxia esquerdista.
Por : Barry Brownstein em Mises Brasil
4) Marco Aurélio sobre limpa-neves, esportes e liberdade
Categoria : Artigos
Em The Constitution of Liberty, F. A. Hayek fez a famosa observação de que “a mente nunca pode prever o seu próprio avanço”. Uma razão pela qual não podemos prever o nosso próprio avanço, explicou Hayek, é porque o crescimento da nossa mente está ligado ao “crescimento da civilização”. Além disso, explicou ele, a nossa capacidade de raciocinar não é “independente da experiência”. Alguns pensam que o seu trabalho não é aprender com a experiência, mas tentar controlar a sua experiência. Quando suas expectativas são frustradas, eles reclamam e culpam. Se estamos dispostos a aprender com a experiência, mas precisamos de alguma ajuda, existem poucos guias melhores do que as Meditações de Marco Aurélio. Recomendo duas traduções de Meditações, uma de Gregory Hays e outra de Robin Waterfield. Para este ensaio, estou usando a de Waterfield. Se você nunca leu as obras dos grandes filósofos estoicos, pode ter ouvido as interpretações superficiais comuns de suas obras: “Aceite isso. Controle seus pensamentos e sentimentos. Aja como se o mundo não o incomodasse”.
Por : João Favoreto em Rothbard Brasil
5) O que realmente está errado com o plano industrial do PT
Categoria : Política
Repetindo políticas antigas de fomento da economia, o governo Lula apresentou um novo pacote de estímulo: a Nova Política Industrial. Serão disponibilizados 300 bilhões de reais em financiamentos até 2026. Não é preciso dizer que todos os brasileiros concordariam com a afirmação de que sim, o país precisa urgentemente de investimentos em diversos setores, precisa aumentar sua produtividade que se encontra estagnada há décadas, para então finalmente encontrar a prosperidade econômica. A discordância principal é a forma que devemos atingir este objetivo. O discurso do governo atual, admito, parece fazer sentido e, portanto, é tentador. O Estado vai tomar as rédeas da economia e disponibilizará recursos para investimentos em alimentação, saúde, saneamento, moradia e transportes. O estímulo em alguns setores estratégicos será feito por meio de crédito facilitado e regulações. Questionado sobre a eficácia do plano econômico, Aloísio Mercadante disparou contra os jornalistas, dizendo que os países da Europa e os Estados Unidos fazem o mesmo. Sim, fazem, mas não é por isso que é o correto.
Por : Vitor Marcolin em Revista Esmeril
6) ‘Mudam-se os tempos’
Categoria : Artigos
Depois de um dia de labuta, já em casa, ouço um estrondo: era um dos grossos volumes da enciclopédia de literatura que caíra. Ainda sonolento, apanho o livro com cuidado — é um exemplar raro — e, mecanicamente, abro-o numa página qualquer. O autor explicava Camões. “Por meio de exemplos, apresenta-se a inconstância como a essência da vida humana”. No centro da página amarelada, jazia o soneto:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
*
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem — se algum houve —, as saudades.
Por : Fé & Trabalho
7) O Legado de Milton Friedman: Da Economia à Justiça Social
Categoria : Economia e Mercado
Foi Gorky quem disse: “Se os seus filhos não forem melhores do que você, você os criou em vão; na verdade, você viveu em vão.” Sim, muito mais importante do que deixar um planeta melhor para os nossos filhos, é deixar filhos melhores para o nosso planeta. E às vezes eles nos surpreendem. Sabendo que hoje é uma data comemorativa na família, minha filha caçula avisou que iria enviar um presente para mim. Como ela estuda Economia na Universidade de Chicago, ela enviou uma foto do Prêmio Nobel de Milton Friedman. Friedman talvez seja um dos economistas menos compreendidos pela geração atual. Alguns se lembram de sua famosa frase de que “não existe almoço grátis”, embora para mim, particularmente, esta seja mais atual: “Os governos nunca aprendem; apenas as pessoas aprendem”. No entanto, poucos conhecem outro Friedman que soube articular a economia com valores e moral. O próprio Thomas Sowell registrou: “Como nota pessoal, a primeira vez que encontrei um professor branco em uma universidade branca com uma secretária negra, foi Milton Friedman na Universidade de Chicago em 1960 – quatro anos antes do Ato dos Direitos Civis de 1964.”
Por : Mariano Andrade em Contraponto
8) A força do hábito
Categoria : Artigos
“Life doesn’t imitate art, it imitates bad television” (Woody Allen)
O filme “Bananas” (1971) de Woody Allen se passa em San Marcos, uma república latino-americana fictícia. Há um golpe de estado pelos militares e Fielding Mellish, o protagonista do filme, sai dos EUA para visitar San Marcos, no intuito de impressionar uma ativista política por quem se interessava. Uma trama cheia de passagens do gênero pastelão-improvável leva Fielding a se tornar um revolucionário. Nessa trajetória, há cenas extremamente toscas: no seu treinamento, Fielding tira o pino de uma granada e atira o pino para longe, ao invés do explosivo. Num encontro oficial na sede do governo golpista, um garçom aparece para cobrar o consumo dos convidados. Em outra ocasião, Fielding volta aos EUA para negociar com as autoridades americanas usando uma barba postiça absolutamente ridícula, e por aí vai.
**
A suposta tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 completou um ano. O filme “Bananas” já é cinquentenário, mas a realidade finalmente superou a ficção. A insistência das autoridades e grande mídia em qualificar aqueles atos como golpe, bem como uma cerimônia oficial celebrando um ano da “vitória da democracia”, conseguem ser mais bisonhos do que o filme.
Por : Percival Puggina em Puggina.org
9) Rede Goebbels de narrativas
Categoria : Política
Lendo sobre Goebbels, lembrei-me da conversa pública entre Lula e Nicolás Maduro. Provavelmente, Hitler também recomendava a Goebbels que construísse uma boa narrativa e garantia a seus generais que ela seria melhor do que a narrativa dos que falavam mal dele – ingleses, norte-americanos e demais Aliados. Isto, porém, é mera especulação minha. Através do trabalho de Goebbels, o Führer influenciou a estética e as expressões artísticas durante o Terceiro Reich, cobrando delas resultado político, ideológico e de afirmação da superioridade ariana. Joseph Goebbels sabia a importância dos meios culturais para a política e os usou para que a sociedade alemã refletisse a doutrina do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Impôs seu projeto ao cinema, ao teatro, à música, às artes plásticas, à arquitetura e à literatura. Com uma das mãos, criou a Casa de Arte Alemã e promoveu a exibição Grande Arte Alemã; com a outra, queimou milhares de obras ditas “degeneradas” porque não cumpriam o dever de espelhar e proclamar a superioridade biológica do mesmo povo que levavam para o abismo da guerra.
Por : Emile Phaneuf III em Mises Brasil
10) A organização econômica de um cenário de Treinamento Militar
Categoria : Segurança e Defesa
No livro Princípios de Economia Política, de 1871, Carl Menger descreve como várias mercadorias (ou bens) competem entre si para (por vezes) emergirem como meios de troca. Os “indivíduos economizadores”, como Menger os chamou, numa economia de troca podem aceitar bens não para seu próprio consumo (valor de uso direto), mas em vez disso para trocá-los por outros bens (valor de uso indireto). Os bens com pontuações mais elevadas em propriedades monetárias (durabilidade, divisibilidade, escassez, portabilidade, fungibilidade etc.) são considerados mais “vendáveis” e, consequentemente, têm maior probabilidade de alcançar a aceitação comum (status monetário). Assim, Menger referiu-se ao dinheiro como “a mais vendável de todas as mercadorias”. Em “A Organização Econômica de um Campo de Prisioneiros de Guerra”, o autor R.A. Radford descreve em detalhes fascinantes a economia de um campo de prisioneiros de guerra controlado pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, mantendo prisioneiros aliados de vários países, culturas e origens étnicas. Radford foi um soldado do Exército Britânico capturado, cujo obituário documenta a sua progressão na carreira: obteve um diploma de Economia em Cambridge após a guerra e trabalhou para o FMI logo após.
Por : Ron Paul em Rothbard Brasil
11) Rumo ao ‘Texit’?
Categoria : Mundo
O embate entre o governo Biden e o Texas escancarou na semana passada, quando a Suprema Corte dos EUA decidiu que as autoridades federais poderiam remover o arame farpado que o governador do Texas, Greg Abbott, vinha instalando ao longo da fronteira com o México para impedir a passagem de milhões de imigrantes ilegais para os Estados Unidos. Desta vez, Abbott não recuou. Em vez disso, ele emitiu um comunicado declarando que “uma invasão sob o Artigo I, Seção 10, Cláusula 3” da Constituição dos EUA está em andamento e invocando “a autoridade constitucional do Texas para se defender e se proteger”. Aqui, o governador Abbott responde a uma questão importante que levantei em minha campanha presidencial de 1988 nos EUA: em que ponto as fronteiras abertas e a imigração ilegal em massa para os EUA se tornam uma “invasão”, que concederia aos governadores a autoridade – e a obrigação – de agir? Segundo algumas estimativas, mais de seis milhões de imigrantes ilegais cruzaram para os Estados Unidos durante os três anos do governo Biden. Esses ilegais provavelmente vêm principalmente do México e da América Central, mas o fato é que não temos ideia de quantos deles podem estar chegando, por exemplo, do Oriente Médio ou de outras áreas devastadas pela guerra no mundo. No mês passado, até o New York Times escreveu sobre o desastre na fronteira dos EUA que “milhares de migrantes estão chegando à fronteira todos os dias, caminhando dos confins mais distantes do globo, da África à Ásia e à América do Sul, impulsionados pela violência implacável, desespero e pobreza”.
Por : Lawrence Maximus em Revista Esmeril
12) Dia Internacional da Memória do Holocausto
Categoria : Mundo
“Aconteceu uma vez. Não deveria ter
acontecido, mas aconteceu. Não deve
acontecer outra vez, mas pode acontecer.
É por isso que a Educação sobre o
Holocausto é fundamental.”
Kathrin Meyer, Secretária Executiva da IHRA
As Nações Unidas designaram o dia 27 de janeiro como o aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau, como Dia Internacional da Memória do Holocausto — um tempo para recordar os seis milhões de vítimas Judaicas do Holocausto — e os milhões de outras vítimas da perseguição nazista. Em 2024, a comemoração coincide com um aumento do antissemitismo em todo o mundo. Os termos “Holocausto” e “Shoá” referem-se a um acontecimento genocida específico no século XX: a perseguição e assassinato sistemático de Judeus pela Alemanha Nazista e os seus colaboradores, entre 1933 e 1945. O pico de perseguição e de assassinatos ocorreu durante o contexto da Segunda Guerra Mundial. A Resolução 60/7 não apenas estabelece o dia 27 de janeiro como o “Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto”, ela também rejeita qualquer tipo de negativa da existência do Holocausto. A resolução encoraja os estados-membros da ONU a preservarem ativamente os locais que os nazistas utilizaram para a “Solução Final” (por exemplo, centros de extermínio, campos-de-concentração e prisões).
Por : Trabalho & Fé
13) Entre guerras e esperança: reflexões sobre as Coreias
Categoria : Mundo
Como membro da Academia de Unificação das Coreias, sempre mantive um grande interesse por ambas as Coreias. Recentemente, realizei duas visitas à Coreia do Norte com o propósito de prestar ajuda humanitária. Por isso, sinto-me entristecido com a demolição do Arco da Reunificação em Pyongyang, na Coreia do Norte. A obra, construída no início da rodovia que liga Pyongyang a Seul, saindo para Kaesong, era composta por duas mulheres que formavam um arco sobre a estrada e continha o mapa da Península Coreana. Esse acontecimento talvez represente o ápice da tensão entre os dois países que travaram uma guerra sangrenta, ceifando entre 2 e 3 milhões de vidas. Retomando, a Guerra da Coreia foi o primeiro conflito na história a envolver combates entre caças a jato e, praticamente, a primeira vez que o exército americano enfrentou o exército chinês, próximo ao famoso Paralelo 38, talvez prenunciando tristemente a próxima guerra fria. Curiosamente, nunca foi encontrada uma “solução pacífica final”, sendo apenas assinado um armistício que estabeleceu a Zona Desmilitarizada da Coreia (DMZ), possivelmente uma das áreas com a maior concentração de equipamentos militares do mundo. Contudo, como nenhum tratado de paz formal foi assinado entre as partes envolvidas, tecnicamente, as duas Coreias ainda estão em guerra.
Por : Heitor De Paola em PHVox
14) La nuova scuola fascista
Categoria : Artigos
Como já vimos a reforma fascista do ensino passou por duas fases: a Reforma Gentile, iniciada em 1923, e a Carta della Scuola de Giuseppe Bottai, de 1939. Resta saber como foram administradas as escolas fascistas durante este intervalo em que se sucederam oito Ministros da Educação. Sem analisar a escola fascista é impossível estudar as organizações juvenis como a Opera Nazionale Balilla. Da mesma forma que Trotsky foi retirado das fotos após a morte de Lenin e a posse de Stalin, várias são as falsificações do Ministério da Verdade esquerdista com o sentido de refazer a história a seu bel prazer, ocultando seus erros e, como no caso abordado a seguir, fatos históricos que os constrangeriam muito se descobertos. É o caso do sumiço de doze anos da biografia de Maria Montessori. Por ser seu método de ensino o queridinho das esquerdas, qualquer relação com o fascismo precisa ser sonegada. A esquerda tem um enorme interesse em transformá-la numa heroína cujo método de ensino deve ser aceito como válido modernamente. Portanto, o que se sabe de sua biografia? Muito, exceto a respeito dos anos 1922 a 1934. Tudo o que as principais biografias dizem é que Montessori criou as Case dei Bambini na Itália em 1907, foi recebida com honras nos EUA em 1913 e foi para Barcelona em 1916, dizem alguns para evitar que seu marido fosse convocado para a I Guerra Mundial.
Por : Percival Puggina em Puggina.org
15) As duas coroas do Rei Arthur
Categoria : Artigos
As presidências das casas do Congresso Nacional deveriam ser troféus que distinguissem seus titulares. Afinal, são o topo da pirâmide de nossa representação política. É no parlamento que ganha voz o pluralismo da sociedade. Seus presidentes, na Câmara e no Senado, recebem dos respectivos pares a honra de dirigir as casas legislativas e falar por elas. No Brasil, porém, mede-se em léguas a distância entre o que é e o que deveria ser. As presidências das duas Casas são favorecidas por um modelo institucional feito sob medida para dar errado e concentrar poderes nas mãos de seus titulares. Em relação a elas, ambos são senhores dos raios e dos trovões. Na Câmara e no Senado, só chove quando eles querem. Conhecendo os Regimentos Internos e o modo como funciona a política no Brasil, só poderia dar no que se vê. Imagine, então, no que não se vê… Por isso, os dois parlamentos quase nada fazem do que a sociedade deseja que façam. Quando eventualmente isso acontece, estamos perante uma incomum coincidência entre o que a sociedade quer e o que eles querem.
Por : Jonathan Newman em Mises Brasil
16) Bastiat versus MMT
Categoria : Artigos
Os proponentes da teoria monetária moderna (MMT) estão de volta à ação após um período de silêncio durante a embaraçosa (para eles) inflação recorde de preços de 2021–23. Eles estão aqui para nos dizer que a montanha de gastos e dívidas do governo não é motivo de preocupação; a tinta vermelha do governo é a tinta preta do setor privado, dizem. O crescimento do setor privado emana dos déficits do setor público, e uma vez que o governo dos EUA tem uma gigantesca impressora de dinheiro, não há razão para temer um default ou uma crise da dívida. Frédéric Bastiat, o grande economista francês proto-austríaco, forneceu um excelente quadro para avaliarmos esta afirmação sobre as consequências dos gastos do governo. No departamento da economia, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei, dá origem não apenas a um efeito, mas a uma série de efeitos. Destes efeitos, apenas o primeiro é imediato; manifesta-se simultaneamente com a sua causa – é visto. Os outros desenrolam-se sucessivamente – não são vistos: é bom para nós que sejam previstos. Entre um bom e um mau economista esta constitui toda a diferença – um leva em conta o efeito visível; o outro leva em conta tanto os efeitos vistos como aqueles que é necessário prever.
Por : Ron Paul em Rothbard Brasil
17) Não taxe os ricos. Acabe com o Banco Central!
Categoria : Economia e Mercado
Políticos selecionados, membros do governo, elites econômicas e especialistas que chegaram à reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, foram recebidos com uma carta aberta assinada por mais de 250 bilionários e milionários. Os signatários pedem que seus respectivos governos aumentem seus impostos. Os signatários da carta estão preocupados com a “desigualdade” que, segundo eles, “chegou a um ponto de inflexão”. O custo dessa desigualdade “para nosso risco de estabilidade econômica, social e ecológica”, continua a carta, “é severo – e cresce a cada dia”. Eles podem ter razão. Desde o colapso do mercado em 2008, o ressentimento contra aqueles que estão no topo da escala de renda vem crescendo. No entanto, isso não ocorre porque as pessoas têm inveja daqueles capazes de lucrar em um mercado livre. Pelo contrário, o ressentimento está enraizado no sistema corporativista que recompensa aqueles que manipulam o processo político. Se os signatários da carta querem realmente acabar com o tipo de desigualdade que alimenta a fúria populista, eles deveriam parar de pedir aumentos de impostos e, em vez disso, pedir o fim de programas e políticas governamentais que beneficiam os ricos e poderosos.
Por : Paulo Sanchotene em Revista Esmeril
18) SANQUIXOTENE DE LA PANÇA | Como Assisti(r) ‘Barbie’
Categoria : Artigos
¿Senso de ridículo? Não temos…
Aproveitei o sábado chuvoso para assistir ‘Barbie’. Não esperava nada do filme, pelo que fui surpreendido positivamente. Hoje, resolvi publicar o por quê disso. Julgamentos rápidos e contundentes me incomodam. Não que seja inocente, mas é algo que procuro evitar de fazer. Quando começaram a pipocar os primeiros comentários sobre ‘Barbie’, ficou evidente para mim que nalgum momento teria que assistir o filme. O fiz no sábado. “Quando Pedro fala de Paulo, diz mais de Pedro do que de Paulo”, afirma (corretamente) o ditado. É preciso ter sempre isso em mente. É inescapável. Como não quero ser injusto, preciso tomar cuidado. Tampouco quero ser prolixo – pelo que irei direto ao ponto. Primeiro, ‘Barbie’ aproxima-se demais de filmes-paródia para ser mera coincidência. Trata-se evidentemente de um filme que não se leva a sério. Portanto, não serei eu a levá-lo. Quem assim o faz, comete um erro relevante.
Por : Fé & Trabalho
19) Desafios na educação brasileira: entre ideologias e soluções
Categoria : Educação
Ontem tivemos o início da Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2024, cujo documento de referência será debatido para a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034. O PNE é um instrumento de fundamental importância para a educação brasileira, pois dele emanarão as linhas mestras da nossa política educacional para a próxima década. Acredito que é hora de deixarmos de dar a outra face. Estamos na hora de virarmos as mesas dos cambistas de nossas crianças. O documento que será discutido é uma desavergonhada cartilha ideológica de alguém que ainda não desceu do palanque. Ele não promove o debate de ideias, mas é um mero palco para um progressismo cruel. Os problemas da educação brasileira são os péssimos resultados do PISA. Cerca de 70% dos alunos brasileiros entre 15 e 16 anos não têm sequer o nível básico de proficiência em Matemática, e a maioria dos concluintes (ou seja, que estão no último ano) do ensino médio no Brasil não atinge o nível básico de conhecimentos em língua portuguesa e matemática. No entanto, a Conferência discute ideologia de gênero, machismo, racismo, feminismo, e por aí vai. A educação brasileira não sofre tanto com a falta de boas ideias quanto sofre com a superabundância deste ativismo que tenta institucionalizar nas nossas escolas a chamada “ideologia de gênero”.
Por : Heitor De Paola em PHVox
20) A polêmica sobre as drogas
Categoria : Artigos
Publicado originalmente no jornal Correio do Estado, Campo Grande, MS
Um dos temas mais polêmicos e controversos da atualidade, no Brasil e no mundo, é o das drogas. E também não há tema sobre o qual se divulguem mais mentiras, falácias, falsas informações e meias verdades. Certamente isto ocorre porque existem inúmeros interesses em jogo, a maioria deles escusos mas que se apresentam dissimulados de boas intenções. A pílula é sempre dourada para atrair incautos. Defende-se hoje que os estudos “científicos” mais “avançados” – palavrinhas mágicas, pois quem quer ser retrógrado e contra a ciência? – indicam a necessidade de liberação das drogas pesadas – ao menos da maconha – e sugerem abolir as práticas repressivas atualmente adotadas. Mas devemos levar em consideração que tais argumentos não estão baseados na verdade mas em meias verdades/meias mentiras, passíveis de gerar mais confusão e perturbação mental do que mentiras claras porque, enquanto as últimas são fáceis de perceber, o mesmo não ocorre com meias-mentiras. Estas não são facilmente identificáveis porque sua falsidade fica encoberta pela parte meia-verdade que serve para enganar.