Presidente a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) questionou a aproximação do governo brasileiro com o regime iraniano, na véspera da viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará àquele país. O parlamentar afirmou que o Brasil tem “uma longa tradição de relações com todos os países, mas não pode se afastar de uma linha de coerência, de respeito aos direitos humanos, de respeito à democracia”. O senador afirmou que o regime iraniano perdeu a credibilidade com as declarações de seu presidente, Mahmmud Ahmedinejad, contra Israel. Para o parlamentar, a aproximação do Brasil com o Irã “é uma aposta alta, que traz riscos enormes”.

– Vale a pena prosseguir neste jogo? – questionou Eduardo Azeredo.

SÃO PAULO – Assim como José Serra (PSDB) nos últimos meses, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou a política externa do governo federal, sobretudo a relação entre Brasil e Irã. Segundo ela, o país deve estabelecer seus laços diplomáticos com países que tenham princípios voltados para a defesa dos direitos humanos. “Ninguém pode ser criticado pelo diálogo, mas não se pode fazer em nome do diálogo um movimento político que acaba favorecendo um ditador, que não respeita direitos humanos, que tem presos políticos e que tem como objetivo fazer a bomba atômica”, disse Marina durante entrevista ao Jornal da Globo.

AUDIÇÃO

ANTES DE O

SUBCOMITÊ DO HEMISFÉRIO OCIDENTAL, PAZ

CORPS E ASSUNTOS GLOBAIS DE NARCÓTICOS

DO

COMITÊ DE RELAÇÕES EXTERNAS

SENADO DOS ESTADOS UNIDOS

CENTÉSSIMO DÉCIMO SEGUNDO CONGRESSO

SEGUNDA SESSÃO

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16 DE FEVEREIRO DE 2012

Dois navios iranianos estão parados há mais de 40 dias na região da baía de Paranaguá, no Paraná, devido a um impasse sobre sanções dos Estados Unidos. Segundo o site Portos e Navios, os cargueiros trouxeram ureia para o Brasil e deveriam retornar ao Irã carregados com milho. Porém, ao fazerem uma parada de abastecimento em Paranaguá, a Petrobras se recusou a fornecer o combustível, alegando que teme punições dos Estados Unidos ao abastecer embarcações que estão na lista de sanções do país (Ofac, na sigla em inglês). Um deles, o MV Bavand, está carregado com 48 mil toneladas de milho e deveria ter partido para o Irã em 8 de junho; o outro aguarda desde o dia 9 de junho para seguir rumo ao porto de Imbituba (SC), onde deveria receber uma carga de milho.

Teerã, Irã – Forças iranianas lançaram um exercício naval de dois dias com a Rússia na parte norte do Oceano Índico, com a Índia também se juntando e a China com a expectativa de participar também. Forças e embarcações das divisões da Marinha do Exército iraniano e do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) participaram do exercício, que começou na terça-feira, ao lado de várias embarcações da Marinha Russa.

Exportar a revolução islâmica tem sido um objetivo primordial para o regime iraniano desde a derrubada do xá Mohammad Reza Pahlavi em 1979. A América Latina tornou-se o alvo por dois motivos: Teerã via a região como o solo perfeito e fértil para disseminar ideais anti-Estados Unidos, e de onde desafiar esse país estrategicamente. Ao longo dos anos, as redes terroristas do regime iraniano expandiram sua influência por meio da cooperação com violentos cartéis de drogas, muitas vezes auxiliados por políticos corruptos. Graças a esta rede em áreas cruciais da América Latina, o representante do Irã, o Hezbollah, agora desempenha um papel central no tráfico de pessoas e armas, no comércio ilegal de tabaco, na lavagem de dinheiro e no financiamento do terrorismo, enquanto o Irã fortalece sua presença política. As operações do Irã e do Hezbollah na América Latina alimentam-se mutuamente.

TEERÃ, IRÃ – Irã, Rússia e China iniciaram na sexta-feira um exercício naval conjunto no Oceano Índico com o objetivo de aumentar a segurança marítima, informou a mídia estatal. A TV estatal do Irã disse que 11 de seus navios se juntaram a três navios russos, incluindo um destróier, e dois navios chineses. A Guarda Revolucionária do Irã também participará com navios e helicópteros menores. O relatório disse que as manobras cobrirão cerca de 17.000 quilômetros quadrados no norte do Oceano Índico e incluirão combates noturnos, operações de resgate e exercícios de combate a incêndios.

Irã e Venezuela assinaram neste sábado (11) um acordo de cooperação de 20 anos em diversas áreas. O compromisso, sobre o qual poucos detalhes foram revelados, foi firmado durante uma visita do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a Teerã. A assinatura do pacto “mostra a determinação dos altos funcionários dos dois países para desenvolver as relações em diferentes campos”, afirmou o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ao lado do chefe de Estado venezuelano. As informações são da televisão estatal iraniana.

A assinatura de um acordo de cooperação estratégica de 20 anos entre Irã e Venezuela no sábado não foi uma surpresa. O acordo entre os dois principais países produtores de petróleo que estão sujeitos às sanções dos EUA mostra a natureza de seu relacionamento. Os laços que unem esses dois países são maiores do que o tamanho das sanções impostas a eles. Os projetos de cooperação anunciados nas áreas de energia, petróleo, gás, refinarias e petroquímica, além da atuação dos dois países “em projetos de defesa”, não são novidade.

O Irã quer se tornar membro do grupo de economias emergentes conhecido como Brics. Segundo o Ministério das Relaçõesw Exteriores do país, a adesão ao bloco, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, “resultaria em valores agregados para ambos os lados”. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a Argentina também se candidatou para fazer parte do grupo. Autoridades argentinas não puderam ser contactadas de imediato para comentar. O presidente da Argentino, Alberto Fernández, que está atualmente na Europa, reiterou nos últimos dias seu desejo de que a Argentina se junte ao Brics.

Thomas Malthus ficou famoso por calcular, no século XIX, que a população estava crescendo em escala geométrica, enquanto a produção de alimentos crescia em escala aritmética, logo, faltaria alimentos. Esse conceito ganhou maior visibilidade na área militar em 2004, em um artigo de Jurgen Brauer e Paul Dunne que usa a ideia de “Malthusianismo Militar” (termo que já vinha sendo debatido em economia de defesa desde a década de 1980).[1] A ideia é simples: o custo da tecnologia cresce em escala geométrica, enquanto o orçamento dos países cresce em escala aritmética (quando cresce). Logo, não haveria dinheiro para se investir em novas tecnologias. Mesmo países com Produto Interno Bruto (PIB) elevado – e percentual significativo alocado em Defesa – precisariam fazer parcerias estratégicas para criar tecnologias bélicas. Esse foi o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, que criaram um consórcio internacional (o Joint Strike Fighter) para desenvolver o caça F-35.

O acrônimo Bric — Brasil, Rússia, Índia e China — é um conceito criado em 2001 por Jim O’Neill, economista-chefe do Goldman Sachs, banco privado americano de investimentos internacionais, que afirmou que esses cinco países juntos poderiam superar as seis maiores economias ocidentais no mundo, em um período de 30 anos. Em 2010, o grupo aprovou a entrada da África do Sul (South Africa), formando o novo acrônimo Brics desde então [1]. O grupo não é uma organização internacional, mas sim um fórum de coordenação de políticas e de temas de interesse mútuo, como desenvolvimento econômico sustentável e cooperação internacional.

BRICs vão fazer mega exercício naval, saiba tudo agora.

Apesar da oposição interna, o governo da África do Sul, do presidente Cyril Ramaphosa, segue em frente com os seus planos de fortalecimento das relações diplomáticas e militares com os demais BRICs, e para isso, a marinha da África do Sul planejou um exercício naval conjunto e prolongado com as forças navais dos países integrantes deste que é o mais famoso fórum econômico do mundo, formado pelos governos de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No próximo mês de fevereiro, três navios de guerra chineses e dois navios de guerra russos se juntarão a um navio da marinha sul-africana em manobras navais na costa leste do país africano, no chamada exercício MOSI. A Marinha do Brasil não confirmou a presença. Mas por que o Brasil e a Índia, membros fundadores dos BRICs, também não se juntarão a este exercício naval? Falaremos sobre isso mais à frente.

Os Estados Unidos estão acompanhando os anúncios bélicos do regime do Irã de que enviou dois navios militares ao Brasil que também se dirigem ao Canal do Panamá, onde Teerã declarou que estabelecerá uma presença militar. Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse à Fox News Digital na terça-feira: “Estamos cientes dessas reivindicações da marinha do Irã. Continuamos monitorando as tentativas do Irã de ter uma presença militar no Hemisfério Ocidental”. O jornal Tehran Times, controlado pelo regime iraniano, informou no sábado que “os navios de guerra da 86ª flotilha do Irã estão agora navegando ao longo da costa ocidental da América Latina, disse o segundo em comando da Marinha”.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o chanceler iraniano em visita discutiram a necessidade de “vigilância na defesa de seus interesses nacionais contra pressões externas”, de acordo com um comunicado divulgado no sábado. A visita do ministro das Relações Exteriores, Ossein Amir-Abdollahian, a Caracas, na sexta-feira, destacou a força de uma aliança entre dois países vistos como párias por grande parte da comunidade internacional, ambos sujeitos a sanções dos Estados Unidos.

Alerta nos Estados Unidos após o Irã enviar navios de guerra ao Brasil pelo Canal do Panamá. “A 86ª flotilha de navios de guerra do Irã está agora navegando ao longo da costa da América Latina”, informou o Tehran Times no fim de semana passado, provocando temores em Washington. A flotilha inclui o Dena, equipado com mísseis de cruzeiro antinavio, torpedos e canhões navais, e o Makran, que se destina a fornecer apoio logístico. “Makran é uma embarcação avançada pesando 121.000 toneladas. Este navio de guerra pode transportar cinco helicópteros e é usado para fornecer apoio logístico a navios de guerra de combate”, segundo a mídia iraniana.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, alertou o venezuelano Nicolás Maduro contra a normalização das relações com os Estados Unidos, após sinais de que Caracas considera a ideia. Em encontro com o novo embaixador da Venezuela em Teerã no domingo, Ebrahim Raisi afirmou, os americanos querem estreitar os laços com a Venezuela devido à necessidade do país de recursos energéticos. A advertência de Raisi veio quando o presidente Nicolás Maduro disse em uma entrevista televisionada no domingo que “a Venezuela está pronta, totalmente pronta, para dar passos em direção a um processo de normalização das relações diplomáticas, consulares e políticas com a atual administração dos Estados Unidos e com as administrações vir.”

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou uma solicitação feita pelo Irã para que embarcações de guerra do país persa atracassem no Rio de Janeiro em uma visita oficial na semana em que o petista se encontra com o líder dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden. O pedido foi visto por auxiliares de Lula como uma tentativa de Teerã de usar o Brasil para provocar os EUA —o que motivou a decisão de não atender à solicitação em data tão próxima à viagem a Washington.

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O Brasil cedeu à pressão dos Estados Unidos e recusou um pedido do Irã para que dois navios de guerra iranianos atracassem no Rio de Janeiro no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertava uma viagem a Washington para se reunir com o presidente norte-americano, Joe Biden, disseram fontes. A decisão do Brasil foi um gesto na direção de relações mais próximas com o governo Biden, após os laços entre EUA e Brasil azedarem durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada apesar da longeva oposição de Lula às sanções dos EUA contra o Irã, defendendo uma política externa neutra.

Dois navios de guerra iranianos foram proibidos de atracar esta semana no porto do Rio de Janeiro. As embarcações possuíam autorização para a atracação na segunda quinzena do mês de janeiro, o que não ocorreu. Sendo assim, os iranianos demonstraram a intenção de apontarem na cidade nesta semana, no mesmo período em que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), faz uma visita oficial ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, numa tentativa de aproximação entre as duas nações. A chegada dos navios iranianos neste período foi vista pelo governo brasileiro como uma espécie de provocação, o que justificou a proibição. No entanto, o Ministério das Relações Exteriores, junto com outros órgãos do governo, abriu uma nova data para a chegada das embarcações de guerra do Irã, entre 26 de fevereiro e 3 de março.

A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, disse que tem muita preocupação com os navios de guerra iranianos atracarem no Brasil. Enquanto o presidente Lula estava nos Estados Unidos, o Brasil recusou o pedido do Irã para que as duas embarcações ficassem no Rio de Janeiro. Mas uma publicação no Diário Oficial de 13 de janeiro diz que o Brasil concedeu permissão para que navios atraquem no porto do Rio entre 23 e 30 de janeiro. A embaixadora americana disse que esses navios não deveriam ficar em nenhum lugar, porque facilitaram o comércio ilícito e atos terroristas no passado.

Na segunda-feira (13.02) atracou no porto da Cidade do Cabo a fragata militar russa “Almirante Gorshkov”, em vésperas de um controverso exercício naval tripartido com a China e a África do Sul. A segunda operação militar do género deverá ocorrer de 17 a 27 de fevereiro e coincide com o aniversário da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia a 24 de fevereiro. A “Operação Mosi”, que na língua tswana significa “fumo”, perturbou os aliados da África do Sul no Ocidente. Em Pretória para conversações com a sua homóloga, Naledi Pandor, o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse que os exercícios navais planeados não eram “a melhor ideia”.

Fragatas, contratorpedeiros, centenas de marinheiros e até mísseis hipersónicos. Tudo isto está envolvido nos Exercícios Navais Mosi (que significa “fumo” em língua tsuana) II, que estão a decorrer até ao dia 27 de fevereiro na costa sul-africana do Oceano Índico, e que envolvem Rússia, China e a própria África do Sul. São, sobretudo, uma demonstração de força militar para os países envolvidos, mas o facto de decorrerem na mesma altura em que se assinala um ano do início da guerra de larga escala na Ucrânia têm valido à África do Sul — que se assume oficialmente como neutral no conflito — críticas por parte de países como os Estados Unidos da América.

Dizem que o Lula quer encher o avião presidencial mais amplo, de 299 lugares, com empresários e representantes da sociedade civil e dos movimentos sociais, na sua próxima viagem à China. Ele vai acompanhado da ex-presidenta Dilma Rousseff, que lá será apresentada como a nova presidenta do Banco do BRICs, responsável por empréstimos de quatro bilhões de dólares ao Brasil. O BRICs é um acrônimo constituído pelas iniciais do Brasil, Rússia, Índica, China e África do Sul (este retirado do topônimo em inglês South Africa) e cujos próximos sócios são Argentina e Irã. Este último teve excelente relações quando o PT exerceu a presidência da República, de 2003 a 2016.

O senador republicano Ted Cruz afirmou que a entrada em portos brasileiros de dois navios de guerra do Irã é uma “ameaça direta à segurança dos norte-americanos”. As embarcações receberam aval para ancorar no Porto do Rio de Janeiro, no domingo, e permanecer até o dia 4 de março. Ted Cruz alega que os Estados Unidos (EUA) têm leis antiterrorismo que preveem respostas “a essas ameaças”. Entre elas, a aplicação de sanções contra o porto brasileiro e empresas que prestarem serviços às embarcações iranianas.

O novo presidente brasileiro de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, permitiu que a República Islâmica do Irã atracasse dois navios de guerra no Rio de Janeiro no fim de semana, provocando temores sobre o quão perto um adversário dos EUA está operando perto da costa americana. A autoridade portuária da cidade disse em comunicado que os navios de guerra IRIS Makran e IRIS Dena atracaram no porto no domingo.

Os navios de guerra iranianos atracados no Rio desde o último domingo (26) vão permanecer na cidade até sábado. As embarcações pertencem à Marinha da República Islâmica do Irã desde 2021 e estão equipadas com várias armas, como mísseis de cruzeiro antinavio, torpedos e canhões navais, segundo a agência de notícias Iran Press. Veja as características principais.

BRASÍLIA – Além de receber, sob críticas públicas dos Estados Unidos, navios da frota de guerra do Irã no Rio de Janeiro, o governo brasileiro também enviou representantes para participar, na terça-feira, 28, de uma cerimônia em alusão aos 120 anos de relações diplomáticas entre os dois países. O Estadão apurou que a solenidade foi realizada a bordo da fragata Iris Dena, um dos dois navios militares iranianos ancorados no porto do Rio. A celebração, da qual participaram oficiais da Marinha e integrantes do Itamaraty, não foi divulgada pelos canais oficiais do Ministério das Relações Exteriores.

🇧🇷🇺🇸🇮🇷🇨🇱 SOBRE RECUSA DO CHILE AOS NAVÍOS DE GUERRA DO IRÃ

Antes de pedir autorização ao Brasil, o governo do Irã tentou atracar no Chile com seus navios, o que foi recusado. Isso causa estranheza em primeiro momento, justamente por Boric ter recebido patrocínio do Foro de SP. É… https://t.co/7ZmlJhCQYo

— Paulo Henrique Araujo 🇧🇷🇻🇦 (@pharaujo85) March 2, 2023